Ler cinema
«(...) a leitura surge como exposição de uma relação. A programação irá relacionar imagens distantes à partida, como uma enorme montagem de que os filmes são a unidade básica. O objectivo final será levar os espectadores a construir as suas próprias leituras, as suas próprias programações e aproximações de filmes aparentemente distantes (...). Para iniciar o novo ciclo propõe-se uma obra que talvez torne mais claro este conceito de programação: O NOSSO CASO de Regina Guimarães e Saguenail. É uma série de 6 episódios onde se usam, (des)montam, estudam, relacionam imagens do cinema português apresentando uma proposta de leitura do chamado CINEMA NOVO. (...) Durante uma semana por mês, de Janeiro a Junho de 2006, serão exibidos os filmes que Regina Guimarães e Saguenail trabalham em cada episódio, e no sábado que fecha a semana será exibido e discutido o episódio correspondente aos filmes vistos durante a semana, numa leitura partilhada e feita em voz alta. (...)
Quinta 19
(15h00) A Divina Comédia (Manoel de Oliveira) 140'
(18h00) O dia do desespero (Manoel de Oliveira) 75'
(21h30) Non ou a vã glória de mandar (Manoel de Oliveira) 108'
Sexta 20
(15h00) Viagem ao Princípio do Mundo (Manoel de Oliveira) 91'
(18h00) Inquietude (Manoel de Oliveira) 112'
(21h30) Vale Abraão (Manoel de Oliveira) 187'
Sábado 21
(16h00) O NOSSO CASO Episódio I: a Génese 63'
Conversa com Regina Guimarães, Saguenail, Manoel de Oliveira e José Mattos-Cruz.
Para saber como apresentar uma LEITURA e obter mais informações consulte a página http://www.videotecalisboa.org/ ou escreva para lercinema@videotecalisboa.org »
1 comentário:
O ciclo parece-me excelente: não só o "pretexto" criado pel'O Nosso Caso, ensaio muito interessante, mas a possibilidade, este mês, de ver a obra completa de Oliveira. No sábado, vi o Passado e o Presente, em DVD razoável, o que, sendo à noite, permitiu um visionamento aproximável ao de uma sala de cinema. Mas na segunda à tarde, quando quis ver A Caixa, desisti ao fim de 5 minutos, porque era uma reles cópia VHS e porque o ecrã grande da videoteca ladeado de luz exterior e de movimentos dispersivos impede uma relação de imersão com os filmes. Estas circunstãncias materiais - a sala aberta e a cassete de má qualidade - são o suficiente para matar a obra e a receptividade do espectador. Lamento, mas isso não é cinema, por muito boas que sejam as intenções dos programadores da videoteca. (Porque não arranjam umas cortinas para isolar um pouco mais a sala?)
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