Oh Ozu...
Oh Ozu... Também eu, fora de minha casa, encontrei Ozu há uns tempos. Algures perdido, lembrado, no estranho e delicado DIE LINKSHÄNDIGE FRAU/ A MULHER CANHOTA (1977) de Peter Handke, com a maravilhosa Edith Clever. Filme dentro do filme, naquele preto e branco do mudo. Um casal japonês desavindo, sentado com as crianças, a mulher reticente, o marido opressivo. Ela, apesar da mágoa, forçada a integrar-se num jogo de mãos e cantilena, insistência das crianças... | No entanto, tratou-se de uma das piores projecções de sempre: uma sala de teatro (Trindade), cópia de 16mm (de um filme a 35mm), lâmpada do projector mais que gasta (a dada altura, a personagem de Bruno Ganz, já chegada à Alemanha, diz que «na Finlândia é que faz muito escuro» e nós não vemos rigorosamente nada!), cortes no som (metade do filme ouvido numas colunas traseiras distantes), trocas de bobines demoradas... Mesmo assim, o filme resistiu. |