Ainda não começámos a pensar
                                               We have yet to start thinking
 Cinema e pensamento | On cinema and thought                                                                              @ André Dias

Meros filmes em Abril


Haut bas fragile
Jacques Rivette
1995, 170’
3ª, dia 1, 21h30
6ª, dia 4, 22h
Cinemateca
*, Lisboa

Ballade vom kleinen Soldaten /
A balada do pequeno soldado
Werner Herzog e Denis Reichle
1984, 45’ [projecção dvd ou pior]
Filmes com jantar

3ª, dia 1, 22h30 – Bacalhoeiro
Rua dos Bacalhoeiros, 125, 2º, Lx


Coeurs
Alain Resnais
2006, 120’
estreia dia 3
14h30, 17h, 19h30, 22h, (00h30)
Medeia King 1 e Monumental 4, Lisboa


The crowd
King Vidor
1928, 104’
Sáb, dia 5, 19h30
Cinemateca

Mahanagar / A grande cidade
Satyajit Ray
1963, 130’
Sáb, dia 5, 21h45
Cinemateca

Silvestre
João César Monteiro
1981, 118’
2ª, dia 7, 22h
Cinemateca

Les statues meurent aussi
1953, 30’
Toute la mémoire du monde
1956, 21’
Alain Resnais
Sáb, dia 12, 22h
Cinemateca

I vitelloni
Federico Fellini
1953, 100’
2ª, dia 14, 19h30
Cinemateca


True heart Susie
D. W. Griffith
1919, 83’
Sáb, dia 19, 19h30
Cinemateca

Der müde Tod / A morte cansada
Fritz Lang
1921, 100’
Sáb, dia 19, 22h
Cinemateca

Faust
F. W. Murnau
1926, 99’
5ª, dia 24, 19h
Cinemateca

Respite
Harun Farocki
2007, 40’ / in Memories
– Jeonju Digital Project 2007

IndieLisboa 2008* – Observatório
Sáb, dia 26, 19h15
(tb. 6ª, dia 2 Maio, 19h15)
Teatro Maria Matos 1, Lisboa

Staub /
Harmut Bitomsky
2007, 90’
IndieLisboa 2008 – Observatório
Dom, dia 27, 16h
(tb. 6ª, dia 2 Maio, 16h)
São Jorge 2, Lisboa

Il mistero di Oberwald
Michelangelo Antonioni
1981, 129’
4ª, dia 30, 21h30
Cinemateca

Pic - nic
Eloy Enciso
2007, 75’
IndieLisboa 2008 – Laboratório
2ª, dia 28, 21h15 – Londres 2, Lisboa

Roz [Pink]
Alexander Voulgaris

2007, 90’
IndieLisboa 2008 – Comp. Internacional
3ª, dia 29, 15h45
– Londres 1

[apenas filmes vistos, sem repetições]

«Instalações, acontecimentos, happenings, improvisações: tudo orienta a pesquisa para uma espécie de teatralidade generalizada [...]»
Alain Badiou, Le siècle, Seuil, Paris, p. 220 [sublinhado meu]


Aproximações à biopolítica

6ª, dia 14 de Março, 10h - Culturgest, Sala 2
Programa Espectros da vida nua

O medo da morte e a conservação da vida por António Bento
Sabe-se como é de uma determinada articulação entre o medo da morte violenta (a paixão mais poderosa) e o direito à conservação da vida (o direito mais sagrado) que Thomas Hobbes deduz o seu Leviathan. Sabe-se também como uma boa parte – a grande parte – da tradição da filosofia política moderna provém da racionalização deste «medo» e da naturalização deste «direito». A um medo «natural» racionalizado faz ela corresponder um direito «racional» naturalizado. O que isto imediatamente significa é que a economia política da vida moderna se define por um cálculo racional de riscos e de benefícios no qual o «medo» é disposto como o fundamento prático e a garantia especulativa do «direito». Mais: a naturalização do direito à conservação da vida só pode ter como corolário o aumento do medo da morte violenta e a consequente existência de um «direito» que deve modernamente apresentar-se – e justificar-se – como uma segurança – mítica, e, portanto, sagrada – contra o medo. Foi neste ponto que Thomas Hobbes nos colocou e do qual ainda hoje permanecemos cativos: a política concebida como fábrica de segurança e o direito como apólice universal contra o medo.

A biopolítica como sintoma do arcaico por José Bragança de Miranda
A ideia de biopolítica é proposto por Michel Foucault para conceptualizar um domínio detectado por Marx, mas por este deixado em suspenso. Trata-se da «vida», qualquer coisa que se jogaria entre o jurídico-político (Estado) e a economia política (o trabalho). Foucault visa-o directamente através de uma série de estudos sobre a prisão, a família ou a clínica, etc. – o famoso «arquipélago» institucional –, servindo a «biopolítica» para apreender o que há de comum em estratégias tão diversas, mas finalmente convergentes. Nesta comunicação procede-se a uma crítica desta concepção, mostrando que o biopolítico é um sintoma do retorno de algo bem mais arcaico e que atravessa subterraneamente toda a cultura desde os seus primórdios e que pode ser descrito como a «energologia» ocidental (a acumulação e o uso de energia animais e humanas de acordo como uma série de «formas» ou tipos). Estamos a assistir à crise desse modelo e à correspondente instauração de uma «extaseologia» geral (a economia geral dos «prazeres» e dos «terrores»). Defender-se-á a necessidade de retraçar politica e artisticamente o programa arcaico, dado o manifesto esgotamento por que está a passar.


O nacional-socialismo e a política sobre a vida
por Alexandre Franco de Sá
Autores como Michel Foucault ou Giorgio Agamben propõem-nos uma leitura do fenómeno nacional-socialista como uma experiência política resultante de a vida se constituir como o objecto de uma hiper-soberania, tornando-se puramente exposta a um poder que torna indiferente a vida e a morte. A presente comunicação pretende abordar o fenómeno nacional-socialista a partir não do objecto do poder mas do seu sujeito, problematizando a possibilidade da caracterização de um tal sujeito a partir do conceito de soberania.

Figuras contemporâneas do biopoder por José Caselas
Trata-se de analisar algumas formas de biocontrolo implicadas no governo de si e dos outros, que derivam da aplicação da medicina e da biologia à gestão das populações e à economia. Que modalidades éticas se constituem nestas formas emergentes de vida? Que tipo de subjectividade, que jogos de linguagem daí resultam? Importa problematizar a questão da liberdade e do determinismo nestas tecnologias biomédicas.

Autópsia in vivo por André Dias
Pode a biopolítica ser pensada como "autópsia geral in vivo do mundo"? Ensaiamos esta hipótese, ela própria paradoxal, como mera ilustração da expressão cinematográfica do pensamento no documentário PRIMATE de Frederick Wiseman, uma das "figuras da autópsia" que definem a biopolítica no cinema contemporâneo. Abordaremos, neste contexto, os problemas da relação ao animal, da insuficiência da compaixão, das invisibilidades necessárias, bem como, numa perspectiva mais cinematográfica, do esvaziamento do ponto de vista, da proximidade não enfática, procurando sugerir uma crítica da lógica paradoxal em prol de uma "ambiguidade livre" e o vislumbre de um horizonte biopolítico centrado na "produção da natureza".

6ª, dia 14 de Março, 15h - Culturgest, Sala 2
Programa Concretudes do poder

A mais-valia do poder e a avaliação por José Gil
A partir das noções de bio-poder e biopolítica tal como Foucault as definiu e Toni Negri as retomou, procurou-se mostrar a pertinência da noção de "mais-valia de bio-poder". Procurou-se com estas noções caracterizar a natureza da "governação Sócrates" e descrever um dispositivo essencial das tecnologias biopolíticas dessa governação: a avaliação.

Modelos evolutivos e ideologia por António Bracinha Vieira
Desde as primeiras teorizações transformistas, e depois evolucionistas, da origem das espécies e das formas vivas, que as ideologias políticas, económicas e religiosas nelas têm procurado caução para os seus desígnios, como se lhes proporcionassem uma justificação dos objectivos ideológicos baseada em tendências inarredáveis inerentes à própria natureza. Por isso se tem assistido, nos últimos dois séculos de História, a apropriações e manipulações sistemáticas dos modelos evolucionistas por parte das diversas tendências do Poder que sucessivamente têm entrado em cena.

Criticar Negri, ignorar Foucault, tomar o poder por José Neves
A reflexão de Foucault sobre biopolítica é um elemento principal no pensamento de Negri nos últimos anos, momento em que a sua obra volta a suscitar as mais diversas críticas. Entre estas, encontramos a crítica de teóricos que se reclamam das tradições comunistas dominantes. Estes, contudo, têm criticado Negri sem se interessarem pela relação que o Império de Negri estabelece com a biopolítica de Foucault. À procura do que se joga neste desinteresse, esta comunicação debruçar-se-á sobre a história do comunismo no século XX.




A luta sem futuro de revolução por Eduardo Pellejero
Substituir as relações de produção pelo agenciamento da vida – como dimensão constituinte das formações de poder –, não implica uma mudança no quadro conceptual da análise sem implicar ao mesmo tempo uma profunda renovação das questões que contornam a prática militante. A partir da obra de Deleuze e Guattari, procuramos explorar o sentido de uma fidelidade ao marxismo que, reformulando os seus objectos e os seus instrumentos, pretende acolher a imponderabilidade de novos saberes, de novas técnicas, de novos dados políticos.

O inconsciente biopolítico do arquivo audiovisual por Susana Duarte
Uma incursão na obra do cineasta alemão Harun Farocki, a partir do que a aproxima do pensamento do filósofo Michel Foucault: não só o interesse pelas sociedades disciplinares e pela passagem às sociedades de controlo (trazendo à superfície os traços simultaneamente não visíveis, mas não escondidos, que permitem evidenciar a ordem biopolítica que nos governa hoje), mas também uma escrita cinematográfica indissociável de uma análise arqueológica dos discursos e das imagens na sua materialidade e mediatização.
6ª, dia 14 de Março, 18h30 - Culturgest, Peq. Aud.
Mitologia da Segurança
por Andrea Cavalletti


A fórmula de Hobbes «fora do Estado nenhuma segurança» exprime o paradoxo da política moderna. Ela define o perigo a partir do Estado (como o "seu" próprio fora) e, ao mesmo tempo, o Estado a partir do perigo. A fórmula torna assim desde logo evidente como o dispositivo estatal não pode nem deve anular alguma vez o risco, mas antes evidenciá-lo, procurá-lo continuamente e, não o encontrando, inventá-lo. É precisamente esta impossibilidade constitutiva que torna o Estado moderno capaz de tudo.




Andrea Cavalletti
ensina Estética e Literatura Italiana na Universidade Iuav de Veneza. Ocupou-se, entre outros, de Warburg, Benjamin, Bialik, de filosofia política, e da ciência do mito, com a edição da obra de Furio Jesi. Publicou, para além de vários ensaios, o livro La città biopolitica (Mondadori, Milão, 2005).

Sáb, dia 15 de Março, 11h - Culturgest, Peq. Aud.
Mesa-redonda Um desafio à política?

Mesa-redonda que procura avaliar a eventual relevância da biopolítica para a interpretação dos fenómenos políticos contemporâneos, com Rui Tavares, José Neves, Ivan Nunes e André Freire, moderada por António Guerreiro.


Sáb, dia 15 de Março, 15h - Culturgest, Sala 2
Programa A arte, a vida

O animal profundo por Maria Filomena Molder
Ó animal gracioso e benigno… assim se dirige Francesca da Rimini ao único vivo que atravessa a terra dos mortos, o poeta Dante. Maravilhamento, a que se mistura uma estranheza natural, é o que sentimos quando escutamos aquelas palavras, que servirão de mote para o que está em causa no reconhecimento do ser humano como "animal profundo". Concepção de Giorgio Colli que se cruza com concepções afins, em particular, em Wittgenstein e Guido Ceronetti.

Os corpos inimagináveis por Jorge Leandro Rosa
Entre o "defeito de visibilidade" e a "imagem totalitária", quatro fotografias captadas no crematório V de Auschwitz-Birkenau continuam náufragas e inclassificáveis. Para além da polémica sobre o seu valor documental e imagético, essas imagens abrem-nos um lugar para a reflexão sobre uma fenomenologia da Shoa. O que aí se fecha, contudo, forma a própria experiência dessas imagens. Que fios da experiência encerram os corpos de Auschwitz?



Sobreviventes - O silêncio do corpo que cai
por Eugénia Vilela
A política contemporânea cria modos de silêncio onde os corpos singulares se transformam em espaços orgânicos de aniquilação. Homens, mulheres e crianças sobrevivem em espaços de abandono – campos de refugiados, espaços de deslocação, campos de detenção – onde a linguagem é suturada ao mutismo do corpo que se dobra sobre si mesmo, caindo num silêncio sem infância. E no entanto, no interior desses espaços outros, pressentimos a intimidade do silêncio entre o corpo e o tempo, num gesto que é a matéria da vida como uma obra de arte.

Na zona cinzenta por Nuno Lisboa Afonso
A partir da análise do filme-testemunho S21 – La Machine de Mort Khmère Rouge, em que Rithy Panh desenvolve uma autêntica microfísica dos gestos, procura-se interrogar o espaço aparentemente vazio onde se move a câmara do cineasta, na "zona cinzenta (descrita por Primo Levi), de contornos mal definidos, que liga simultaneamente senhores e escravos" no campo de concentração.
Sáb, dia 15 de Março, 18h30 - Culturgest, Peq. Aud.
Riscos e potencialidades da biopolítica global
por Roberto Esposito


A mudança de época no final dos anos 1980 levou ao uso e à difusão do paradigma de biopolítica, elaborado no decénio precedente por Foucault. A partir da sua definição, será necessário reconstruir a sua progressiva transformação, nos anos 30 do século xx, de uma política da vida numa política da morte. Esta incidência sobre a tanatopolítica nazi permitirá diagnosticar a fase actual da biopolítica global, com os seus riscos e potencialidades, e sugerir a possível relação entre biopolítica e prática filosófica.




Nascido em 1950, Roberto Esposito é professor de Filosofia na Università degli Studi de Nápoles, Itália. Através da análise das categorias políticas clássicas e modernas, o seu pensamento vai sublinhando os limites do político na época contemporânea. Entre as suas obras, ainda não editadas em Portugal, destacam-se Categorie dell'impolitico (Il Mulino, 1988) e Communitas. Origine e destino della comunità (1998), Immunitas. Protezione e negazione della vita (2002), Bíos. Biopolitica e filosofia (2004) e o recente Terza persona. Politica della vita e filosofia dell'impersonale (2007), publicadas pela Einaudi.

Survivor, entre aspas


The Survivor , episódio 39 da 4ª série de Curb your enthusiasm de Larry David (HBO)

[Lembrei-me desta imagem humorística, tão elucidativa dos tempos interessantes que nos fazem viver, enquanto via SHOAH de Claude Lanzmann no escuro da sala da Cinemateca;
dedico-a ao Yesterday Man; roubada a edenleviathan; para os curiosos mórbidos, eis o outro “survivor”]

«Quem quer viver está condenado à esperança.»
– Filip Müller (que sobreviveu a cinco liquidações do Sonderkommando em Auschwitz), no filme SHOAH

O que é a biopolítica? #5

3ª, dia 11 de Março, 18h30 - Culturgest, Peq. Aud.
Espaços de controlo
por Fernando Poeiras (ESAD Caldas da Rainha)

A expansão de tecnologias de vigilância e de segurança alterou o controlo social, introduzindo diferentes estratégias de biopoder. Como a distinção norma/desvio tende a ser substituída pela de normalidade/acidente e a coerção pela necessidade, o exercício do controlo social é reconfigurado.
Ciclo de conferências O que é a biopolítica?
12, 19, 26 de Fevereiro, 4 e 11 de Março - Culturgest, Lisboa


Ciclo de cinema Figuras da autópsia. A biopolítica no documentário contemporâneo
de 4 a 11 de Março - Cinemateca, Lisboa

Ciclo de conferências Aproximações à biopolítica
6ª 14 e Sáb 15 de Março -
Culturgest


Shoah (1985) de Claude Lanzmann /Figuras da autópsia #4
Sáb, dia 8, 15h30 1ª época: 149’+117’ / 21h 2ª época: 142’+142’ - Cinemateca [sala pequena]

Vinte e um anos depois da sua passagem na televisão (RTP), doze anos depois da sua última projecção na Cinemateca no âmbito do ciclo «Cinema e real», é possível voltar a ver, na sua integralidade, o monumento cinematográfico que é SHOAH de Claude Lanzmann. Trata-se de um longo filme documentário sobre o extermínio dos judeus pelos nazis, baseado nas imagens contemporâneas dos lugares do extermínio e nos testemunhos orais de sobreviventes, em particular dos chamados Sonderkommando, «grupos especiais» de judeus encarregues da aniquilação de outros judeus nos fornos crematórios.
Neste hiato temporal, houve toda uma geração de cinéfilos e interessados, na qual me incluo, que ficou limitada ao desconhecimento, ao ouvir falar, ou, mais recentemente, à edição em dvd estrangeira. Recentemente, tornou-se clara a necessidade de o voltar a projectar. Por ocasião da comemoração dos sessenta anos da libertação de Auschwitz, num debate na livraria Buchholz em Lisboa, os intervenientes pareciam obrigados a passar pela menção ao filme, que gerou muita e interessante literatura teórica e polémica, mas não integravam na sua reflexão o terem-no visto.
Essa visão não pode de todo ser considerada acessória. Tanto mais que, tratando-se apenas de um filme, é também uma experiencia de vida inesquecível. Paradoxalmente, é também uma experiência a que apenas uns quarenta e sete happy few terão direito neste próximo sábado.

P.S.: Não há, repito, não há cinquenta pessoas em Lisboa e arredores para (re)ver SHOAH. A Cinemateca tinha portanto mais do que razão para o programar na sua sala pequena. E a imprensa para sobranceiramente desprezar a sua passagem (bem como ao ciclo). Começaram quarenta e três espectadores às 15h30 e, já depois das 2h da madrugada, restavam apenas dezasseis espectadores.

Certos textos, tidos como sérios, cedo se percebe serem afinal inconsciente e simplesmente a gozar. Muito mais raro e difícil é o inverso, como neste exigente exemplo pós-PRIMATE.
Nem toda a cinefilia tem de ser adepta dessas listagens dos melhores em geral que abundam. Essa redução exclui os filmes que, não sendo talvez os melhores (mas que interessa isso?), ainda assim... Por esses, algumas listas valem bem a pena.

O que é a biopolítica? #4

3ª, dia 4 de Março, 18h30 - Culturgest, Peq. Aud.
Biotecnologia e novos mundos possíveis da vida
por Hermínio Martins (St. Antony's College, ICS)

As descobertas e invenções da biociência, biotecnologia, bioengenharia, convergindo com a nanotecnologia e as tecnologias da cognição, sugerem perspectivas de transformações radicais no mundo da vida. No da vida não-humana, um planeta geneticamente modificado, e mesmo redesenhado pela biologia sintética. No da vida humana, as transformações podem afectar os parâmetros fundamentais da sua condição.
Ciclo de conferências O que é a biopolítica?
12, 19, 26 de Fevereiro, 4 e 11 de Março - Culturgest, Lisboa


Ciclo de cinema Figuras da autópsia. A biopolítica no documentário contemporâneo
de 4 a 11 de Março - Cinemateca, Lisboa

Ciclo de conferências Aproximações à biopolítica
6ª 14 e Sáb 15 de Março -
Culturgest

Meros filmes em Março


Zui Hao De Shi Guang /
Três tempos
Hou Hsiao Hsien
2005, 139’
14h15, 21h45, (00h30)
Medeia King 1, Lisboa

Primate
Frederick Wiseman
1974, 105’
Figuras da autópsia. A biopolítica
no documentário contemporâneo #1
(prog. André Dias)

3ª, dia 4, 21h30
Cinemateca, Lisboa
debate com Hermínio Martins
e José Manuel Costa

Silverlake life: the view from here
Peter Friedman e Tom Joslin
1993, 99’
Figuras da autópsia #2
4ª, dia 5, 19h30
Cinemateca


La règle du jeu
Jean Renoir

1939, 110’
4ª, dia 5, 21h30
Cinemateca


Nuit et brouillard
Alain Resnais

1956, 31’
Figuras da autópsia #3a
5ª, dia 6, 19h
Cinemateca

Level five
Chris Marker
1997, 106’
Figuras da autópsia #3b
5ª, dia 6, 19h
Cinemateca

Shoah
Claude Lanzmann

1985, 544’
Figuras da autópsia #4
Sáb, dia 8, 15h30 1ª época: 149+117
Sáb, dia 8, 21h 2ª época: 142’+142
Cinemateca [sala pequena]

M
Fritz Lang
1931, 100’
Sáb, dia 8, 21h30
Cinemateca

S21, la machine de mort Khmère rouge
Rithy Panh
2003, 101’
Figuras da autópsia #5
2ª, dia 10, 19h30
Cinemateca

De l'autre côté
Chantal Akerman
2003, 103’
Figuras da autópsia #6
3ª, dia 11, 22h30
Cinemateca

Hurlevent
Jacques Rivette
1955, 98’
2ª, dia 17, 19h30
3ª, dia 18, 19h30

Cinemateca

[apenas filmes vistos, sem repetições]


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