Ao pé da letra #83 (António Guerreiro) «Sobre jornalistas, professores e editores | |
Esta discussão sobre a liberdade de expressão incide sobre o jornalismo como instrumento de socialização do saber e da informação e órgão de formação colectiva de uma opinião pública racional. Mas omite que a liberdade de expressão é um factor dependente de outras instâncias fundamentais, nomeadamente a editoria (de livros e revistas), a escola e a universidade. Que relativamente ao jornalismo sejam lançados tantos avisos de carácter de urgência e se esqueça o que se passa com as outras duas instâncias – isso, sim, devia ser um sinal de alarme e visto como uma prova de que a liberdade de expressão e de informação não está plenamente garantida, não por efeito da censura mas de outros mecanismos coercivos. | A degradação da instância editorial, tão evidente em Portugal, segue as vias do jornalismo publicitário; e ambos têm a mesma causa que a deslegitimação da universidade, condicionada pelo pragmatismo económico, social e cultural. Daí, o destino comum que une hoje professores universitários, editores e jornalistas: todos foram destituídos da autonomia intelectual que era, desde o Iluminismo, o fundamento das suas actividades.» António Guerreiro, «Ao pé da letra», Expresso-Actual, 20.2.2010. |
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We have yet to start thinking
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