Pour la suite du monde
Pour la suite du monde de Pierre Perrault e Michel Brault (1963)
4ª, dia 17, 21h30 - Cinemateca
« Eu andava em busca de um povo interpretado pelos mistérios e regido pelos profetas, como no tempo das sagas. Que triste funcionário, engendrado pela castidade, nos tinha levado a crer que o tempo dos jornais tinha, irreversivelmente, abolido o tempo dos homens. Que distâncias seria preciso percorrer para reparar nos primeiros indícios e reconhecer o tempo favorável à eclosão das narrativas... !» - Pierre Perrault
« Penso que, graças ao cinema directo, a partir do momento em que as câmaras se libertaram de todas as limitações técnicas, viram-se coisas no ecrãn que nunca se tinham visto. A sequência da forja, por exemplo, em Pour la suite du monde em que pai e filho discutem e tudo se misturava com o fabrico de um arpão. A mistura da vida: pancadas na bigorna e depois a discussão. O gesto e a palavra reunidos. O pensamento de Léopold dividido em dois, interessando-se pelo fabrico do arpão e pela discussão com o pai sobre as origens da pesca. A complexidade desta situação sempre me fascinou e levou-me a entender uma data de coisas sobre a construção dramática de uma relação entre pai e filho.» - Michel Brault
in O olhar de Ulisses, III - A utopia do real, Porto 2001/Cinemateca Portuguesa, pp. 289, 298
« Penso que, graças ao cinema directo, a partir do momento em que as câmaras se libertaram de todas as limitações técnicas, viram-se coisas no ecrãn que nunca se tinham visto. A sequência da forja, por exemplo, em Pour la suite du monde em que pai e filho discutem e tudo se misturava com o fabrico de um arpão. A mistura da vida: pancadas na bigorna e depois a discussão. O gesto e a palavra reunidos. O pensamento de Léopold dividido em dois, interessando-se pelo fabrico do arpão e pela discussão com o pai sobre as origens da pesca. A complexidade desta situação sempre me fascinou e levou-me a entender uma data de coisas sobre a construção dramática de uma relação entre pai e filho.» - Michel Brault
in O olhar de Ulisses, III - A utopia do real, Porto 2001/Cinemateca Portuguesa, pp. 289, 298
[cf. as reflexões de Leonor Areal sobre o filme]
Sem comentários:
Enviar um comentário