Ao pé da letra #74 (António Guerreiro) «Sobre o espaço público e os seus limites na era da Net | |
O provedor dos leitores do Público assinalava, na semana passada, a “situação insólita” do texto de um colaborador que foi publicado primeiro num blogue e depois no jornal impresso, como se fosse inédito. Em boa verdade, esta duplicação não tem nada de insólito. É, antes, a manifestação eloquente de uma regra de proliferação. Uma das grandes esperanças depositadas na Net foi uma maior abertura daquilo a que se chama o “espaço público”. São hoje evidentes as transformações na estrutura dessa entidade que tinha um lugar central no projecto das Luzes. | Mas também é evidente que, por agora, a Net, no que diz respeito a essa abertura, não só está muito aquém do que se esperava (nalguns sentidos, houve mesmo fechamento) como veio hipostasiar as características do actual espaço público mediático, elevando-o a níveis nauseabundos de obesidade, redundância e hipertelia. Muito pouco daquilo que desapareceu dos jornais voltou a reaparecer na Net, muito pouco do que foi condenado à exclusão encontrou aí alojamento, apesar da disponibilidade infinita de espaço; em contrapartida, cresceu a opinião ruidosa e tagarela, triunfou a conversa caseira e de café.» António Guerreiro, «Ao pé da letra», Expresso-Actual, 12.12.2009. |
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