Ao pé da letra #45 (António Guerreiro) «Da simbólica do livro à realidade do livro Prolongando o Dia Mundial do Livro, decidiu a APEL promover a Semana dos Livreiros. A astuciosa iniciativa decorre assim à boleia de uma evocação ecuménica do livro, da sua história gloriosa e dos seus mitos, o maior dos quais é o do Livro-Mundo (na versão de Leibniz, esse livro que é o Mundo teria sido escrito por Deus numa linguagem que é a das matemáticas). Se esta comemoração só tem algum sentido considerando a “simbólica do livro” (uma noção do grande romanista alemão Curtius), abstraindo-a da realidade da indústria livreira, quando os livreiros entram em cena nesta festa dificilmente sobrevive a dimensão simbólica. | Porque a verdade conspícua da maior parte das livrarias em Portugal é pouco compatível com tal glorificação simbólica. Pelo contrário, elas tornaram-se entrepostos da indústria do entretenimento, onde observamos o funcionamento eficaz desta lei: a difusão homogeneizada determina a uniformização da produção e, portanto, uma redução da oferta. Talvez não seja fácil saber onde se iniciou este círculo vicioso, mas as livrarias são, justa ou injustamente, a montra onde se exibe este espectáculo pouco edificante.» António Guerreiro, «Ao pé da letra», Expresso-Actual, 25.4.2009. |
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